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Menô e mulheres negras.

Quando a gente fala sobre menopausa, logo vem à mente aquela fase cheia de “fogos” – os famosos hot flashes, ondas de calor, suores noturnos, noites mal dormidas, humor despencando e até o metabolismo mudando de ideia sobre como ele quer funcionar. Mas e se eu te disser que, para algumas mulheres, a experiência é ainda mais intensa e dura mais tempo? Pois é, esse é o caso de muitas mulheres negras.

Primeiro, vamos deixar claro o que é a menopausa: a transição que ocorre depois que a menstruação já se despediu de vez, geralmente entre os 45 e 58 anos. Mas não pense que é igual para todas, não! Cada mulher passa por essa fase de um jeito único. E estudos mostram que, para mulheres negras, a coisa pega ainda mais cedo e de forma mais intensa!

Como assim, “começa mais cedo e dura mais”?

Para mulheres negras, a menopausa tende a chegar cerca de 8,5 meses antes do que para mulheres brancas. E não para por aí: enquanto, em média, as ondas de calor e suores noturnos que tiram o nosso sono duram, em média, 6,5 anos para mulheres brancas, para mulheres negras essa maratona de calor dura impressionantes 10 anos! Isso é praticamente uma década inteira de noites suadas e de busca pelo tão sonhado sono tranquilo.

Uma questão de saúde e de sociedade

A intensidade dos sintomas que afetam as mulheres negras não se resume a uma questão biológica. Estudos indicam que fatores socioeconômicos e ambientais pesam muito na equação. As mulheres negras, em média, enfrentam mais estresse, menos acesso a cuidados de saúde e têm apoio social reduzido em comparação às mulheres brancas. Isso sem contar os efeitos da discriminação estrutural, que torna o acesso a cuidados de saúde de qualidade ainda mais complicado. Resultado? Tudo isso acaba impactando diretamente no bem-estar durante a menopausa.

E os efeitos no humor e na saúde mental?

Aqui vai mais uma estatística de cair o queixo: 20% das mulheres negras apresentam sintomas depressivos na menopausa, enquanto o índice para mulheres brancas fica em torno de 13%. Isso se deve não só à montanha-russa hormonal que já conhecemos bem mas, também, ao peso extra dos desafios sociais e econômicos que muitas mulheres negras enfrentam. O impacto na qualidade do sono também é grande – e cá entre nós, quem consegue acordar sorrindo depois de uma noite interrompida por suores e calor?

Onde encontrar apoio?

Se tem uma coisa que a menopausa nos ensina, é a importância de não enfrentarmos tudo sozinhas. É essencial que as mulheres negras tenham acesso a informações e apoio especializados, que reconheçam as especificidades dessa experiência. Ter uma rede de suporte e profissionais de saúde que compreendam e acolham essas diferenças pode fazer toda a diferença na forma como cada uma atravessa essa fase.

A menopausa é, sem dúvida, um marco na vida de toda mulher, mas ela não precisa ser solitária nem insuportável. E, como mulheres de 40+, sabemos muito bem que, juntas, somos mais fortes – então, que tal espalhar essa informação e trazer mais luz para essas diferenças? Se essa fase já é um desafio, que seja um desafio enfrentado com apoio, informação e, claro, uma boa dose de sororidade

Fonte: https://www.verywellhealth.com/health-divide-menopause-and-black-women-7498526