Você é louca por um doce ou pãozinho? Calma, existem vários tipos que não fazem mal.

Também conhecidos como carglicídios e açúcares, os carboidratos têm como principal função gerar energia para o corpo. O que acontece é que ao serem quebrados no nosso organismo, eles fornecem glicose para a corrente sanguínea, que é convertida em energia para ser utilizada nas funções corporais e atividades físicas. Até aí, tudo bem. Mas existem dois tipos de carboidratos: o simples e o complexo. Os carboidratos simples como pão francês, arroz branco, açúcar refinado, biscoitos, leite condensado e doces em geral são ruins para o organismo porque são rapidamente absorvidos, produzindo energia, mas armazenando gordura e aumentando de forma abrupta a glicose na corrente sanguínea, fazendo com que o pâncreas produza insulina em excesso para diminuir os níveis de glicose no sangue. Já os carboidratos complexos como as raízes (mandioca, bata doce, inhame, cará), arroz e massas integrais, aveia, lentilha, grão-de-bico e outros cereais são absorvidos lentamente pelo organismo, liberando energia de forma gradual e, após sua ingestão há um prolongado e leve aumento nos níveis de glicose na corrente sanguínea, promovendo saciedade por mais tempo, além de possuírem uma maior quantidade de vitaminas, minerais e fibras.

O consumo em excesso e por um longo prazo, principalmente, dos carboidratos simples, acarreta no aumento dos níveis de insulina e de acúmulo de gordura no organismo, podendo contribuir para inflamação silenciosa e o desenvolvimento de doenças crônicas como diabetes tipo 2, obesidade, doenças cardiovasculares, doença renal crônica, além de fadiga, falta de concentração, inchaço, sonolência e alterações no sistema imunológico. Esses últimos, aliás, sintomas que nós, mulheres na menopausa, já temos em decorrência da variação hormonal que sofremos nesse período.

Para as mulheres que estão na perimenopausa, um alerta. Os carboidratos refinados aumentam o risco de resistência à insulina e sobrepeso, o que pode interferir na atividade dos hormônios sexuais - e aumentar os níveis de estrogênio, que é um desses hormônios - podendo desregular ainda mais os ciclos menstruais, provocar o aumento do fluxo, a piora da TPM e dos já conhecidos sintomas dessa fase.